Bioquimica

Fora a Psilocibina e a Psilocina, que já explicamos o funcionamento em um post anterior, outras moléculas compõem os cogumelos mágicos, como a Baeocistina, Norbeocistina e Aeruginascina.

🆙️ Baeocistina:

Uma pesquisa de 2020 expôs que, embora ela não traga efeitos psicodélicos fortes o suficiente para ser comparada à psilocibina, sua ação pode aumentar a concentração de psilocibina no sangue – potencializando seu efeito.

🌅 Norbeocistina:

Desconhecida por muitos, a substância pode ser um intermediário na biossíntese da psilocibina. Além disso, ela é geralmente considerada não psicodélica. A ausência de propriedades psicodélicas não exclui seu potencial para usos terapêuticos, por exemplo, na modulação de propriedades de medicamentos e/ou neurotransmissores endógenos (como a serotonina) sem efeito intoxicante. A norbeocistina pode desempenhar um papel essencial na geração e modulação de efeitos psicodélicos específicos.

🐸 Aeruginascina:

Sua estrutura química é semelhante à psilocibina, e ambos os compostos são análogos estruturais do neurotransmissor serotonina.

Do ponto de vista da estrutura química, a aeruginascina é semelhante à baeocistina e à norbaeocistina, e também está intimamente relacionada a um composto das secreções de sapo – a bufotenidina. O veneno do sapo do deserto de Sonora, utilizado por muitas culturas nativas por suas propriedades medicinais, terapêuticas e expansoras da consciência.

⚠️ Esse conteúdo tem intenção de disseminar estudos e pesquisas e não de incentivar auto-medicação. Procure um profissional para te acompanhar, caso sinta necessidade de usar essa alternativa.

Leia também: “Cogumelo colhido no pasto X Cogumelo produzido em ambiente controlado”

Existem mais de 200 espécies de fungos catalogados com psilocibina (C12H17N2O4P) e psilocina (4-HO-DMT). Essa dupla de componentes psicoativos são partes de um complexo de triptaminas, e farmacologicamente, são similares à dietilamida do ácido lisérgico (LSD) e a outros alcaloides naturais como a dimetil triptamina (DMT) e a mescalina.

Quando a psilocibina é ingerida, o corpo humano a metaboliza em psilocina, que por sua vez, se liga aos receptores de serotonina do cérebro, atuando de maneira agonista parcial e iniciando uma resposta fisiológica.

A serotonina é estruturalmente similar à psilocina, e é o composto fonte de toda a sensação de alegria e bem-estar. Como um neurotransmissor, a serotonina também ajuda a transmitir mensagens de uma parte do cérebro para outra. Recentes pesquisas científicas observaram que a sobrecarga sensorial que acontece durante uma jornada com cogumelos mágicos é decorrente do fato da psilocina deixar o cérebro hiperconectado, e assim permitindo uma maior e melhor comunicação entre partes do cérebro que normalmente não se interligam. Dessa forma, acontece uma reorganização entre as conexões cerebrais, e também, o fortalecimento de conexões fracas.

Essa reorganização das conexões do cérebro permite que o indivíduo escape de ruminações excessivas e distancie um pouco o hiper foco de pensamentos repetitivos.

⚠️ Esse conteúdo tem intenção de disseminar estudos e pesquisas e não de incentivar auto-medicação. Procure um profissional para te acompanhar, caso sinta necessidade de usar essa alternativa.

REFERÊNCIAS:

• Estudo: Increased global integration in the brain after psilocybin therapy for depression
• Petri, G., Expert, P., Turkheimer, F., Carhart-Harris, R., Nutt, D., Hellyer, P. J., & Vaccarino, F. (2014). Homological scaffolds of brain functional networks. Journal of The Royal Society Interface, 11(101), 20140873.
• The Psilocybin Mushroom Bible

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